Teia de luz
Que a rede mundial de computadores é útil é algo que ninguém ignora.
Mas que ela também é intrinsecamente bela, isso já é menos óbvio, e vai depender da forma como você olha para ela.
Aos olhos do professor Martyn Dade Robertson, da Universidade de Newcastle, a web ressurge na forma de imagens que lembram mais estrelas explodindo, ou fogos de artifício.
Robertson desenvolveu uma técnica para mapear os sites e transformar os dados das conexões estabelecidas pelos links em obras de arte.
Retratos de dadosSegundo o pesquisador, cada imagem é única porque captura um site em um determinado momento, já que a informação que cada site contém está mudando constantemente.
Ele mapeou sites grandes e bem conhecidos, como os da NASA, Apple e Google.
O pesquisador chama as imagens de “retratos de dados”.
Dinâmica“Eu queria pegar a web, que é algo que vemos todos os dias e damos como certa e acabada, e mostrar um lado diferente dela,” disse Robertson.
“O que é realmente fascinante nisso é que é realmente um instantâneo de um site em um determinado ponto no tempo. Se eu fizer o mesmo processo de novo apenas um dia mais tarde, o retrato de dados seria diferente, já que as informações disponíveis teriam mudado,” concluiu ele.
Pirâmides da usabilidadeAlém da arte, contudo, o trabalho de Robertson trouxe um desafio para os profissionais que projetam sites e melhoram sua usabilidade: explicar por que a maioria dos grandes sites possui uma estrutura central na forma de duas pirâmides invertidas – ou um losango, na visualização 2D.